1. Introdução: entendendo o vício em jogos

O vício em jogos, também chamado de ludopatia (para jogos de apostas) ou game addiction (para games eletrônicos), tornou-se cada vez mais prevalente — especialmente em uma era de fácil acesso via smartphones, cassinos e apostas online.

Este guia completo do Instituto Psicológico ensina como identificar sinais de vício, quais são os métodos de tratamento mais eficazes (tais como psicoterapia, apoio farmacológico, internação e grupos de apoio) e como familiares e amigos podem ajudar na prevenção de recaídas.

2. O que é vício em jogos? Conceito e tipos

2.1 Ludopatia

Ludopatia é um transtorno do controle de impulsos que leva a pessoa a apostar de forma compulsiva, mesmo diante de prejuízos financeiros, emocionais e sociais, caracterizando-se como doença reconhecida pelo CID e pelo DSM-5.

2.2 Dependência de games

A dependência em videogames envolve longas horas de jogo, isolamento, ansiedade se privado do hábito e sintomas físicos, como dores e problemas posturais, por causa da exposição excessiva às telas.

3. Por que surgem esses vícios? Fatores de risco e gatilhos

• Neurobiológicos: a liberação de dopamina gera uma sensação de prazer que estimula o sistema de recompensa cerebral. Com o tempo, torna-se necessário mais estímulo para obter a mesma sensação.
• Psicológicos: carência, ansiedade, depressão ou tédio podem ser gatilhos, levando o indivíduo a buscar alívio ou recompensa rápida no jogo.
• Sociais: isolamento, falta de lazer saudável e acesso fácil a jogos contribuem para a instalação do problema.
• Genéticos: histórico familiar de vícios está associado ao desenvolvimento da ludopatia.

4. Sinais e sintomas de alerta

• Preocupação obsessiva com o jogo, já pensando na próxima partida ou aposta.
• Necessidade constante de aumentar o nível de risco ou valores apostados.
• Tentativas frustradas de controlar ou parar o comportamento.
• Irritabilidade quando impossibilitado de jogar.
• Negligência de responsabilidades profissionais, estudantis ou familiares.
• Mentiras ou omissão sobre o tempo e dinheiro gastos com jogos.
• Isolamento social, sintomas físicos (dores na cabeça, olhos, tensões musculares).
• Uso do jogo como forma de alívio emocional (escapismo).

5. Como é feito o diagnóstico no Instituto Psicológico

1. Avaliação inicial: coletiva de histórico, sintomas e impacto do jogo.
2. Entrevista psicológica e psiquiátrica: profissionais da área avaliam fatores emocionais, comportamentais e possíveis comorbidades, como ansiedade e depressão.
3. Aplicação de instrumentos padronizados: questionários focados em ludopatia (DSM?5, CID?11) e game addiction (uso compulsivo de internet).
4. Plano de tratamento personalizado, que pode incluir psicoterapia, internamento ou acompanhamento ambulatorial.

6. Tratamentos oferecidos pelo Instituto Psicológico

6.1 Psicoterapia (psicossocial)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é a base do tratamento, tratando os principais gatilhos, crenças disfuncionais e padrões de pensamento que mantêm o padrão compulsivo.

Neste processo, o paciente:

• Identifica situações gatilho (estresse, tédio, recompensa emocional).
• Aprende técnicas de enfrentamento e substituição de comportamento.
• Realiza reestruturação cognitiva para substituir crenças irracionais – como “só paro quando ganhar”.
• Ganha habilidades emocionais: regulação, autocontrole, tolerância à frustração.

Para casos mais agravados (comorbidades psiquiátricas), a psicoterapia se complementa com acompanhamento médico e medicação.

6.2 Apoio farmacológico

Aos pacientes com dificuldades intensas de controle ou presença de transtornos associados, o Instituto pode atuar em conjunto com um psiquiatra, prescrevendo:

• ISRS (fluvoxamina, clomipramina, escitalopram) para redução de impulsividade e sintomas obsessivo-compulsivos.
• Estabilizadores de humor ou ansiolíticos, conforme avaliação clínica individual.

Essa abordagem mista (psicoterapia + remédios) pode reduzir compulsões em até 90%, conforme estudos.

6.3 Internação (clínica de reabilitação)

Para quadros graves e quando há risco ao paciente ou à família, o Instituto oferece:

• Internação voluntária — quando a pessoa reconhece o problema.
• Internação involuntária — com autorização judicial ou familiar, em casos de risco imediato.
• Internamento monitorado com equipe multidisciplinar — médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais — foco em detox emocional, educação financeira e reestruturação de rotina.

O ambiente estruturado favorece foco no tratamento completo e prevenção de recaídas.

6.4 Grupos de apoio

Integrantes podem participar de:

• Jogadores Anônimos (JA), que utilizam o programa dos 12 passos adaptado ao jogo.
• Grupos familiares, que orientam parentes e amigos sobre como agir e manter fronteiras saudáveis.

Pesquisas demonstram que compartilhar experiências e suporte mútuo eleva significativamente as taxas de recuperação.

7. Fases do tratamento

1. Diagnóstico e plano – avaliação médica, psicológica e social.
2. Intervenção intensiva – internação ou psicoterapia contínua.
3. Apoio farmacológico, se necessário.
4. Integração de grupos de apoio – JA, amigos, família.
5. Reeducação de hábitos – finanças, lazer, alimentação, exercícios.
6. Prevenção de recaída – planos de crise, monitoramento, sessões de manutenção.
7. Reintegração social e profissional – enfocando loisirs produtivos e suporte contínuo.

8. Como familiares e amigos podem apoiar

• Reduzir acesso às fontes de jogo, como bloquear sites ou aplicativos.
• Estabelecer rotina saudável — incentivo à prática de atividades físicas, culturais e sociais.
• Diálogo aberto e empático, sem críticas ou julgamentos.
• Não financiar recaídas, evitando empréstimos ou gamificação.
• Participar em terapia familiar, se recomendado.
• Acompanhar as consultas do paciente e oferecer motivação contínua.

9. Prevenção e cuidados pós-tratamento

• Plano de crise pessoal — incluindo contato de confiança, listas de gatilhos, alternativas de distração.
• Sessões de manutenção periódicas — suporte psicológico para reforçar hábitos.
• Comunidade de apoio — participação contínua em JA e grupos familiares.
• Avaliação médica regular, caso haja uso de medicação antidepressiva ou ansiolítica.
• Redefinição de lazer e rotina — evitando ambientes que associem ao jogo.

10. Vantagens de escolher o Instituto Psicológico

• Atendimento 24h em casos de crise.
• Equipe multidisciplinar especializada em ludopatia e dependência digital.
• Tratamento humanizado e individualizado, com foco na raiz emocional do problema vidente em experiências do paciente.
• Abordagem completa — psicoterapia, medicação, internação e grupos de apoio integrados.
• Alta segurança jurídica e ética para internações voluntárias ou involuntárias.

11. Dicas para identificar sinais precoces

• Novas dívidas, uso frequente de cartão ou empréstimos para jogar.
• Ausências prolongadas ou mentiras na rotina.
• Humor instável, irritabilidade extrema.
• Priorizar jogos ao invés de alimentação, sono, família ou trabalho.
• Isolamento, falta de vontade de socializar ou de atividades prévias apreciadas.

Intervir cedo reduz significativamente o risco de evoluir para um quadro crônico.

12. Fazendo a escolha certa no tratamento

O Instituto Psicológico apresenta um caminho completo e humanizado para superar o vício em jogos — combinando diagnóstico, psicoterapia, internação (se necessário), medicação adequada e apoio de grupos.

Compreendendo o problema em sua raiz emocional, fortalecendo a rede de apoio e rodando estratégias de prevenção, é possível retomar o controle da vida, resgatar finanças e relações e reconstruir a rotina com equilíbrio.

Se você, familiar ou amigo busca suporte em ludopatia, game addiction ou dependência digital, saiba que o Instituto Psicológico está pronto para acolher e orientar. Entre em contato para uma avaliação completa, 24 horas por dia.

Instituto Psicológico — Transformando vidas, reconstruindo famílias.