Codependência transtorno mental

Codependência transtorno mental

Codependência e transtorno mental estão intimamente relacionados. Segundo especialistas da área da saúde mental, a codependência emocional é um tipo de transtorno psicológico, que acomete principalmente pessoas sensíveis que convivem com dependentes químicos.

A condição clínica atrapalha toda a vida do indivíduo, fazendo com que ele viva unicamente para o dependente. Mas não é só isso. Nesse texto, você vai conhecer um pouco mais sobre esse transtorno e saberá os tipos existentes. Continue a leitura e saiba mais.

O que é codependência emocional?

Codependência é um transtorno emocional caracterizado pela dependência a outro indivíduo, geralmente um dependente químico. Na condição psicológica, o codependente tem dificuldades de se desconectar do adicto, acreditando que este precisa daquele para oferecer todos os cuidados possíveis.

Ou seja, o codependente faz uso da fragilidade patológica do adicto como desculpa para continuar ao seu lado, ajudando-o a se livrar das drogas. Mas na verdade, ele não quer se desligar do indivíduo e, por isso, se coloca em uma posição de cuidador integral.

Mas o vínculo entre a codependência emocional e o transtorno mental só pode ser observado no dia a dia, na rotina, no trato da pessoa com o adicto. Na maioria das vezes, são os familiares que desenvolvem o quadro, mas qualquer indivíduo sensível próximo ao dependente químico, está sujeito também.

Quais os sintomas da codependência?

Existem 3 tipos de codependência emocional, a química, afetiva e familiar. Em todas elas, o indivíduo nega a presença do quadro clínico, mesmo tendo toda a sua vida prejudicada em função do outro. Apresenta uma necessidade de controlar o comportamento do adicto, vendo-se como cuidador.

Alguns casos de codependência química podem apresentar depressão, baixa autoestima, estados de estresse e ansiedade. O cansaço costuma surgir, mas é justificado pelos cuidados oferecidos, sem, contudo, delegar a tarefa para outros.

É importante entender que o indivíduo com codependência emocional fica dependente afetivamente do adicto e não da droga em si. Por isso, ele tem medo de ficar sozinho, de ser abandonado ou rejeitado. Também fica com sentimento de incapacidade, ainda que queira ajudar o adicto em tudo.

Como é uma pessoa codependente?

Uma pessoa codependente se sente obrigada a apoiar o adicto. O transtorno mental começa com uma vontade aparentemente inocente de oferecer ajuda ao dependente químico. Mas com o tempo, ele vai se sentindo na obrigação e dever de cuidar do outro, ainda que não tenha oficialmente essa função.

A autoresponsabilização é tão grande que quando o viciado em drogas tem uma recaída, o codependente sofre amargamente, tem suas emoções devastadas, como se a recaída fosse por sua culpa ou uma negligência no cuidado.

Além disso, a pessoa codependente renuncia seus próprios desejos, vontades e sonhos em prol do dependente químico. Ela abre mão de toda a sua vida, muda a sua rotina, suas tarefas, compromissos e interesses para estar ao lado do viciado em drogas.

O que causa a codependência?

Há muitas razões para a existência da conexão entre a codependência e o transtorno mental. Mas uma das coisas que pode explicar o surgimento da codependência é a falta de autoestima e confiança em si mesmo, o que gera a necessidade de cuidar do outro como tentativa de se sentir importante.

Histórico de relacionamentos abusivos também é frequente em quem desenvolve a condição clínica. Traumas e situações de abandono vivenciados na infância podem contribuir no aparecimento do transtorno mental. O medo de ficar sozinho ou ser rejeitado é bem característico.

Existe tratamento para a codependência?

No geral, a codependência emocional é considerada uma doença crônica, portanto não existe cura, mas com o tratamento ela pode ser amenizada. No caso da codependência química, na qual a pessoa depende afetivamente do adicto, ela pode se tratar com psicoterapias e livros de autoconhecimento.

O processo de terapia é fundamental para fortalecer a autoconfiança e ganhar mais autoestima. Também, ajuda a descobrir as causas do transtorno para que o paciente possa identificar os gatilhos que levam à manifestação do quadro clínico.

Embora o principal sintoma da condição psicológica seja a negação, é fundamental que o indivíduo olhe para a sua própria vida a fim de reconhecer a existência do transtorno. Mas um ponto positivo é que quando o dependente químico melhora, o codependente melhora também.

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