Número de menores dependentes químicos no Brasil

06/05/2022

Número de menores dependentes químicos no Brasil

Os números da dependência química no Brasil são alarmantes, sendo que sabidamente no dia 20 de fevereiro é celebrado pelo próprio Ministério da Saúde o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo.

É justamente nessa data que precisamos lembrar que o consumo de bebidas alcoólicas e demais drogas lícitas ou mesmo ilícitas, se torna uma questão de saúde pública. Isso porque a grande maioria não para apenas na experimentação, o uso vai além do moderado e recreativo.

Os dados são interessantes conforme relatórios divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no ano de 2019, a mesma realizou uma pesquisa inteiramente com o objetivo de estimar e também avaliar os parâmetros epidemiológicos do uso de drogas no Brasil.

Esse estudo acabou contando com a parceria de algumas instituições renomadas, entre elas: o próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e para finalizar a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Esses estudos realizados trouxeram alguns dados extremamente relevantes sobre os números da dependência química em nosso país, continue a leitura e saiba tudo sobre o assunto.

Dependência química do álcool e demais drogas

Sobre a dependência química ela é caracterizada pelo uso constante e abusivo de drogas e álcool.

Sabemos que a venda e o fornecimento de álcool para menores de idade é crime, no entanto, a pesquisa realizada apontou que 34% dos jovens menores de 18 anos já consumiram álcool.

Já 5% dos adolescentes (cerca de um milhão) reportaram certo consumo excessivo, isso que já pode ser considerado uma dependência.

Lembrando que em relação à escolaridade, pode-se dizer que a maior incidência é apontada entre aquelas pessoas que possuem ensino superior ou mais, sendo que desses entrevistados 20,4% fazem uso do álcool em excesso.

Lembrando que quando todas as faixas etárias são consideradas a maior incidência da dependência ocorre entre aquelas pessoas que possuem idades entre 25 a 34 anos, veja que 23% delas uso álcool excessivamente.

Esse mesmo estudo ainda projeta que em torno de 9,9% da população já tenha consumido drogas ilícitas em algum momento no decorrer de sua vida, lembrando que a maior incidência é vista entre os homens.

15% do público masculino já consumiu drogas ilícitas, já entre as mulheres a incidência é de 5,2%, já a idade em que se dá o primeiro consumo costuma ocorrer entre os 16 anos tanto de homens quanto mulheres.

Essa pesquisa realizada pela Fiocruz ainda detalhou que as drogas ilícitas com maior prevalência foram justamente a cocaína em pó, maconha, cocaína fumável e solventes.

Ademais, este estudo mostrou que há padrões de consumo, a maconha é uma substância extremamente usada pela população, já as substâncias usadas por dependentes químicos são: crack e cocaína.

Como funciona a prevenção?

As ações preventivas são planejadas e completamente direcionadas para o desenvolvimento humano, ou seja, deve haver o incentivo à educação, a prática de esportes, o lazer, a cultura e a própria socialização do conhecimento sobre drogas, tudo isso possui embasamento científico.

Na verdade, as estratégias de prevenção precisam ser divididas em 3 níveis diferentes, entre eles:

  • Estratégia de prevenção primária: serve para evitar ou mesmo retardar a experimentação de drogas.
  • Estratégia de prevenção secundária: é totalmente focada em indivíduos que realmente já experimentaram, visando evitar a evolução para a total dependência.
  • Estratégia de prevenção terciária: essa é feita diretamente por um profissional da saúde, tudo a fim de tratar a pessoa que já está dependente.

Entenda o tratamento para a dependência química

Na verdade, a abordagem é bem similar mesmo em vários tipos de dependência de substâncias químicas e psicoativas.

O trabalho dos profissionais de saúde quando no âmbito de atenção primária deve seguir alguns princípios super básicos para poder estabelecer um vínculo terapêutico.

Lembrando que a abordagem inicial tenta visar questionamentos mais abertos, onde há isenção de preconceitos ou confrontos, permitindo que o adicto comece a refletir sobre sua situação.

Além do mais, é preciso identificar o padrão e qual o tipo de substância usada pelo dependente, assim como há necessidade de checar se o mesmo já fez tratamento anteriormente, além disso, é preciso entender qual é o estado mental do adicto e seu histórico familiar.

Há diversos centros de recuperação voltados para tratamento da dependência química, é importante dar o primeiro passo para buscar ajuda aos dependentes.

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